Passeio de barco em Manaus: Encontro das Águas, botos e Aldeia Indígena

O passeio de barco em Manaus é um dos passeios clássicos imperdíveis na Amazônia.

Passeio de barco em Manaus
  Por Jair Prandi
 

O passeio de barco em Manaus é um dos passeios clássicos imperdíveis da Amazônia. Leva ao encontro das águas, a uma tribo índígena, nado com botos, e animais da Amazônia.

O passeio de barco pelo Rio Negro dura cerca de 6 a 7 horas. É feito com lancha rápida coberta, com grupos de até 25 pessoas. São aproximadamente 100 km de navegação.

Esta excursão pelo Rio Negro leva os visitantes para lugares que todo turista que ir quando viaja à Amazônia. O famosos Encontro das Águas, os índios da Amazônia e os animais, que inclui a interação com os lendários botos rosa.

Quando fazer o passeio de barco em Manaus

Este passeio acontece todos os dias do ano. Porém, há algumas diferenças na paisagem entre as épocas das cheias e épocas secas. Há também os meses mais chuvosos, que podem atrapalhar um pouco, mas não impedir o passeio, já que faz calor ao ano todo no Amazonas.

Passeio de barco em ManausNa época da seca as praias e barrancas do rio ficam expostas. Já na época das cheias as árvores das partes mais baixas ficam inundadas, formando belos igarapés.

A estação seca vai de junho a novembro e a precipitação de chuva é menor e os rios estão com seu nível baixo. A estação chuvosa vai de dezembro a maio, quando o nível dos rios está alto.

Nossa visita foi no mês de maio, durante o auge das cheias, à partir de julho ás águas começam a baixar até o auge da seca em meados de novembro, assim seguindo seu ciclo sucessivamente.

Ponte do Rio Negro - Passeio de barco em Manaus
Passando pela Ponte do Rio Negro

Como é o passeio de barco em Manaus

Saímos do porto de Manaus por volta das 9:00 h, com uma bela vista da orla e dos barcos. Logo à frente já passamos por uma situação curiosa. A lancha parou para abastecer em um dos vários postos de abastecimento flutuantes que ficam distribuídos pelo Rio Negro.

Posto flutuante de Manaus
Posto flutuante em Manaus

Após o abastecimento o barco subiu o rio, passando por baixo da bela ponte do Rio Negro, que tem 3600 metros de extensão. Seguimos pelas águas escuras, muitas vezes, passando próximo às copas das árvores inundadas pelas cheias. Até que chegarmos ao igarapé da tribo indígena Dessana.

Visita à aldeia indígena

Igarapé do Rio Negro - Amazonas
Igarapé no Rio Negro – (acesso à aldeia indígena)

Na comunidade indígena, fomos recebidos pelo cacique (único integrante da aldeia que falava português). Ele nos convidou a entrar na maloca, onde sentamos em bancos laterais, metade de grupo para cada lado. Após algumas palavras do cacique, os índios começaram as apresentações de suas danças tradicionais.

Pagé da tribo Dessana nos recebendo na maloca
Pagé da tribo Dessana nos recebendo na maloca

As danças foram animadas ao som das flautas tocadas pelos índios enquanto dançavam. As índias usavam apenas uma saia de palha, com os seios a mostra e colares no pescoço. já os homens usavam sunga, cocares na cabeça, arbustos, além de adereços amarrados à uma das pernas, com o som de um chocalho, e pinturas corporais.

Após três apresentações os turistas foram convidados a dançar, sendo que as índias convidaram os homens e os índios, as mulheres.

Apresentação de dança índígena
Apresentação de dança índígena

Após as apresentações as índias expuseram seus artesanatos para quem quisesse comprar. Fui dar uma caminhada entre as cabanas da aldeia e tirei umas fotos do igarapé até embarcarmos para continuar o passeio.

Aldeia dos índios da Amazônia
Aldeia dos índios da Amazônia

Nado com botos da Amazônia

Na sequência do passeio o barco atravessou o rio e ancorou em uma plataforma flutuante. Neste local os botos aparecem, por serem tratados pelos ribeirinhos locais.

Colocamos os coletes, entramos na água, enquanto um ribeirinho segura um peixe e chama os botos. Logo os botos emergem, ficam com metade de seu corpo fora da água e abrem seus bicos serrilhados para ganhar sua refeição.

Boto no Rio Negro
Interação com os botos do Rio Negro

Após acariciar e tirar fotos com os botos, seguimos rio abaixo, e passando novamente por Manaus ao longe. Passamos por palafitas de ribeirinhos, até chegar ao restaurante flutuante. Lá comemos uma bela refeição (almoço incluso no passeio), tendo como prato principal, os peixes: Pirarucu e Surubi.

Vitória Régia e animais da Amazônia

Macacos prego, junto ao restaurante flutuante
Macacos prego, junto ao restaurante flutuante

Após o almoço seguimos ao lado nas lojas de artesanato, onde atrás havia uma plataforma de barcos e vários macacos Prego. Nosso guia arrumou umas bananas e eles desconfiados vinham pegar em nossa mão. Deu para filmar e fotografar os macacos a poucos centímetros de distância.

Vitória Régia
Vitória Régia (planta típica da Amazônia)

Próximo dali, o barco parou para fotos da vitória régia. Depois seguiu até a casa flutuante de nativos para fotos com seus animais. Pudemos tirar fotos com preguiças no colo e uma Sucuri enorme no pescoço.

Foto com Sucuri
Foto com Sucuri

Encontro das Águas – Rio Negro e Solimões

A última parte do passeio foi o “Encontro das Águas”, uma das atrações mais conhecidas de Manaus. O encontro do Rio Negro, com suas águas negras, com o Rio Solimões, com suas águas barrentas.
Encontro das águas - ManausAs águas percorrem uma grande distância antes de se misturarem. Isso ocorre devido à diferenças de densidade, sedimentos e velocidade dos rios. Este fenômeno se mostra mais claramente com a incidência de sol, causando um contraste muito grande entre as cores.

Voltamos até o porto com uma bela vista panorâmica da cidade e das muitas embarcações locais. Chegamos por volta das 16:00 h.
Passeio de barco em Manaus

Conclusão sobre o passeio de barco em Manaus

Este é um dos melhores passeios para fazer em Manaus. Pode ser reservado online, com antecedência pelo botão abaixo!

Reservar passeio

Há opções também da imersão de alguns dia na floresta. A Angie do blog Apure Guria ficou 3 dias na floresta e escreveu seu guia de viagem para a Amazônia.

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Jair Prandi
Editor, fotógrafo do Viagens e Caminhos. Apaixonado por viagens com toques de aventura, criou esse blog para compartilhar suas experiências e ajudar os leitores a organizar suas viagens.

16 COMENTÁRIOS

  1. Que passeio show! Não sabia que tinha um passeio de 7 horas fazendo tudo isso, para mim era tipo um bate e volta até o encontro das águas e acabou. De mais! Vendeu a idéia! 🙂

  2. Adorei o relato!
    Eu estava quase de malas prontas para Manaus/Amazônia quando engravidei. Acabamos decidindo fazer uma viagem mais longa e deixamos esse passeio para um futuro!
    Post favoritado!

  3. Estarei em Manaus de 25 a 28/10 e devido ao curto de permanência tenho que otimizar meus passeios: quero fazer o encontro das águas, tribo indígena e botos em um mesmo passeio, com almoço incluído como o postado no site viagensecaminhos.com. Vocês têm esse passeio. Em caso positivo quero saber o custo para 2 pessoas e como fazer reservas.

  4. Olá, fiz esse passeio há 08 anos, literalmente em outubro de 2015, estava numa fase difícil e dessa linda experiência escrevi “Grande lição” e dia 29/09 no meu niver de 59 anos esse texto foi divulgado num site montanhas capixabas em Vitória/ES, sou mineira de nascimento e rondoniense de coração, pois moro por cá há 31 anos. Gostaria de divulgá-la…

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